top of page

BALANÇO DE VIDA
2 Timóteo

Hoje é o primeiro Domingo do ano 2021. São ainda os primeiros dias de um ano pela frente.
Por isso, eu quero pensar um pouco com você nesta noite sobre fazer um Balanço de Vida.

É comum alguns fazerem seguro de vida. Eu estou propondo um balanço de vida, um exame detalhado, minuncioso da vida.


Fazer um balanço ao final de um certo período, é prática comum dos escritórios de contabilidade.

O contador é o profissional que analisa as entradas e as despesas de uma empresa para verificar os lucros e as perdas. É o balanço. Isso é feito para que a empresa possa reduzir as perdas e aumentar os lucros.

Então, é muito interessante a gente fazer também, um balanço da nossa vida e verificar onde tem havido perdas a fim de aumentar o ganho, o lucro.


Para aprendermos sobre isto, vamos ler o texto de 2 Timóteo 4.6-83-4.
“Quanto a mim, já estou sendo oferecido por libação, e o tempo da minha partida chegou. 7 Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 8 Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (NAA).

O apóstolo Paulo, o grande missionário do início da história do cristianismo, grande evangelista, teólogo, iniciador de igrejas, é quem fala estas palavras que acabamos de ler.

Nessa altura da vida, o apóstolo já está idoso e ele está preso em Roma, jogado num calabouço, numa masmorra que tem o nome de Marmetina, lugar úmido, perigoso para a saúde e de onde as pessoas deixadas lá, quando eram retiradas depois de um tempo, saíam leprosas ou para um final de vida de muito sofrimento.
Esse cárcere é muito visitado por turistas nos dias de hoje!


Pois, o apóstolo Paulo foi levado para esta prisão, acusado de um crime que não cometeu. Ele está preso como criminoso. E o que acontece: seus amigos mais próximos, o abandonaram (4.10); Timóteo, que era um discípulo muito amado de Paulo, está com vergonha dele.

Quando aconteceu a primeira audiência, Paulo tinha que apresentar testemunhas a seu favor, mas não pode contar com ninguém. Resultado: ele foi condenado à pena de morte.

Estas palavras da carta, Paulo escreveu no corredor da morte; ele estava só aguardando o dia ou a hora que seria executado.

Mas, sabe, apesar de já estar idoso, pobre, abandonado no cárcere, cheio de feridas, o apóstolo Paulo influenciou o mundo da sua época e influencia ainda hoje, mais do que todos os reis e os papas de Roma juntos.

E, nesse texto que lemos, o velho apóstolo, faz um balanço da vida.

Primeiro ele analisa o passado e diz o seguinte: “combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”.
A vida do apóstolo Paulo não foi uma vida de facilidades, de coisas agradáveis e de bem-estar. Foi uma vida de lutas.

Entretanto, ele se refere a isso, chamando de “bom combate”. Ele lutou contra os três inimigos comuns de todo ser humano: a carne, o mundo e o diabo.
Paulo lutou contra as insinuações e tentações feitas pelo diabo; lutou contra o sistema desse mundo e lutou contra a natureza pecaminosa que carregava dentro de si mesmo.

E aqui cabe uma recomendação: se o combate não for bom, não entra nele.
Todo combate produz machucados, mas nem todos tem resultado positivo. Mas, se o combate é bom, pode encarar. E esse combate aqui contra esse conjunto de inimigos de Deus, é um bom combate. A vitória sobre eles é certa e segura.

E o apóstolo Paulo diz: “eu completei minha carreira”.

O projeto de vida que ele tinha era anunciar a mensagem do evangelho, era tornar o cristianismo conhecido. Esse era a missão da vida de Paulo. É a missão da igreja também: ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda a criatura.

Agora é o seu testemunho; era um projeto de vida, agora é o testemunho da vida: “eu completei a carreira; cumpri a missão”.

E agora, ele conclui dizendo: “e guardei a fé”. O que ele diz é: “eu não vendi a minha convicção, eu não negociei as verdades em que creio; eu caminhei no meu projeto, me mantendo firme em Deus; eu guardei a fé”.

Paulo faz uma análise do seu passado nessas três perspectivas: “combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”.

Será que no seu final, você poderá dizer como disse o apóstolo Paulo? Se não tem certeza, volta para o seu propósito. Volta a servir a Deus. Volta para o cumprimento da missão.
Alguém relatou que muitos dirão no último fôlego: “Pobre de mim; combati um mau combate, saí de carreira e perdi a fé”. Não seja o caso de nenhum de nós.

Mas, avançando nesse balanço da vida, agora Paulo faz uma avaliação do seu presente, do seu momento atual.
No v.6, ele diz: “Quanto a mim, já estou sendo oferecido por libação, e o tempo da minha partida chegou” (NAA).
Ele está dizendo que embora as autoridades de Roma tenham decretado a sentença de morte para ele, mas na verdade, é ele quem vai se entregar.

Isso é interessante. O apóstolo Paulo estava preso, mas não se considerava prisioneiro do imperador romano. Ele se via como um embaixador em cadeias, como alguém que estava à serviço de Jesus, estivesse aonde estivesse.
Então, Paulo diz que vai se oferecer para Deus, como sacrifício. A palavra “libação” significa derramar; era costume derramar vinho sobre a oferta oferecida a Deus. E Paulo está dizendo: “Eu já estou sendo oferecido, o tempo da minha partida chegou” (v.6).

Note que ele fala de partida. Paulo diz: “eu não vou morrer, eu vou partir”. E esse modo de falar da morte é muito impressionante.
Paulo está dizendo que a morte não vai lhe fazer mal; é como se ele dissesse: “a morte não me matar”, porque ele entende que ele vai partir.

Ele usa a palavra “partida”, uma palavra que tinha três significados na língua grega.
Era usada para tirar o fardo, o peso, das costas de alguém. O que é morrer para o crente? Está escrito em Ap 14.13: “Bem-aventurados [felizes] os mortos que, desde agora, morrem no Senhor [morrem crentes em Jesus]...” – porque agora podem descansar das suas fadigas.

Ah! Quanto sofrimento existe nessa vida, quanta surra, quanto aborrecimento, quanta dor! Você já deve ter ido ao hospital e visto doentes sofrendo, alguns com o corpo reduzido a pele e osso, lutando para sobreviver. Os médicos aplicam morfina, receitam sessões de quimioterapia; que tratamento tão pesado!
- Mas isso dura até o dia que Deus diz: “Chega, filho; chega! Vem para casa, vem descansar da sua fadiga”. Isso é morrer para o crente. Você tem medo da morte? Precisa ter, não. Para o crente, morrer é partir para o descanso nos braços do Pai.

Segundo, a palavra “partida” que Paulo usou, significava soltar o bote, desamarrá-lo para atravessar para o outro lado do rio.

Sabe o que é morrer para a pessoa que é crente em Jesus? É fazer a última viagem da vida, é passar para o outro lado, é entrar na eternidade a fim de estar com Deus para todo o sempre.

E, em terceiro lugar, a palavra “partida”  que Paulo usou, significava afrouxar as estacas de uma barraca; significava levantar acampamento e ir para casa.
Sabe o que é morrer para a pessoa que é crente em Jesus? É mudar de endereço; é levantar o acampamento e ir para a casa do Pai.

Então, o apóstolo Paulo está seguro disso. Ele não está com medo de morrer, porque ele tem convicção de que morrer, sendo crente em Jesus, é deixar o corpo e partir para estar na casa de Deus para sempre.

Portanto, quando Paulo olha para o seu presente, para o seu momento atual, ele não tem medo da morte, ele não entra em desespero, ele não sente pavor no seu coração, porque sabe que sendo crente, morrer significa partir para estar com o Senhor.
Ninguém precisa acender vela para iluminar o caminho, porque o crente sabe para onde está indo. Aleluia!

 

E, finalmente nesse balanço de vida, Paulo faz uma avaliação do seu futuro.
No v.8 ele diz algo glorioso; ele diz: “Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”.

O que Paulo está dizendo é o seguinte: “Olha, Timóteo, o imperador Nero me considerou culpado, me aplicou a sentença de pena de morte. Mas, o que me importa na verdade é que o justo Juiz, diante de quem estou e todos vão comparecer, já me declarou justo. Então, Timóteo, eu estou indo para receber a coroa da justiça”.
Paulo não está com medo de morrer, porque sabe para onde está indo e sabe que será recompensado pela vida que levou servindo a Seus neste mundo, combatendo contra inimigos tão cruéis.

 

Qual o balanço que você faz da sua vida? 
Vamos orar? Fique em pé agora...

Ministração
Hoje, talvez o seu passado esteja assim, tão cheio de traumas e de dores. Mas, Deus pode limpar sua consciência de toda maldade, pode purificar o seu coração e tirar o peso de cada pecado da sua vida.
Você deve apenas ser crente, crer, confiar que Deus pode dirigir e abençoar a sua vida como ninguém pode.

E o seu presente, o seu momento atual, como está? Você está tranquilo no seu coração, com paz na sua alma? Você tem a certeza que se partir agora mesmo, estará nos braços do Pai?
E como é que está o seu coração em relação ao futuro? Paulo diz: “Eu não estou com medo do amanhã, porque eu estou indo, estou partindo e é para uma condição melhor, é para receber a coroa da justiça”.

Conclusão
Você pode fazer um balanço da sua história e colocar o seu passado, o seu presente e o seu futuro nas mãos de Deus.

Eu quero orar com você agora. Talvez você nunca parou para fazer um balanço da sua vida, e esta é a hora mais oportuna de você fazer isso, olhando para trás, olhando para o seu momento atual, olhando para o futuro e colocando tudo nas mãos de Deus.

Você deve entregar a sua vida para Deus dirigir e abençoar você a partir de hoje. Alguns já estão seguros, entregaram a vida para Deus dirigir e sabem que a vida eterna espera por eles.

Você quer entregar a sua vida para Deus dirigir também?
Vamos orar.

Pr Walter Pacheco da Silveira, 3.01.2021

bottom of page