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A RESTAURAÇÃO DO VIGOR ESPIRITUAL

2 Reis 6.1-7

 

1Certo dia, os membros do grupo de profetas disseram a Eliseu: “Como vê, este lugar onde nos reunimos é pequeno demais. 2Vamos descer ao rio Jordão, onde há muitos troncos, e construir ali um lugar para nos reunirmos”. “Está bem”, disse Eliseu. “Podem ir.” 3“Venha conosco”, sugeriu um deles. “Eu irei”, disse ele. 4E foi com eles. Quando chegaram ao Jordão, começaram a derrubar árvores. 5Enquanto um deles cortava um tronco, a parte de ferro do machado caiu no rio. “Ai, meu senhor!”, gritou. “O machado era emprestado!” 6“Onde caiu?”, perguntou o homem de Deus. Quando mostraram o lugar para Eliseu, ele cortou um galho e o jogou na água, e fez o ferro do machado flutuar. 7“Pegue-o”, disse Eliseu. E o homem estendeu a mão e o pegou.

 

 

Introdução

Meu tema para hoje é: Restauração do Vigor Espiritual.

Porque, crises de desânimo sempre existiram, mas, com a pandemia do novo coronavírus, muitas são as pessoas que estão afetadas no seu psicológico e estão com sentimentos de medo, ansiedade e desânimo.

 

Médicos comentam que no rastro da Covid-19, transtornos psicológicos como ansiedade e desânimo, representarão a segunda onda de estragos à saúde provocada por este vírus tão cruel.

 

Então, essa pandemia não ataca somente o organismo físico da gente, mas ataca a alma também. O nível de estresse aumentou!

 

Isso contribui para que as pessoas se sintam desanimadas a tal ponto de desistir dos seus ideais e dos valores que há na vida.

Mas, a Bíblia, louvado seja Deus, mais uma vez a Bíblia, a Palavra de Deus aponta o caminho para a nossa vitória. Ela revela que nossa esperança está no Salvador e Senhor Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo, contando como ele venceu as suas lutas, escreveu assim: “8De todos os lados somos pressionados por aflições, mas não esmagados [não desanimados; não angustiados]. Ficamos perplexos, mas não desesperados. 9Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos derrubados, mas não destruídos. 10Pelo sofrimento, nosso corpo continua a participar da morte de Jesus, para que a vida de Jesus também se manifeste em nosso corpo” (2Co 4.8-10).

 

Jesus é a cura para as nossas crises de desânimo. Amém?

 

O texto que lemos no começo, 2 Reis 6.1-7, conta de um milagre: o profeta Eliseu, servo de Deus no passado, viu flutuar um machado que tinha caído no fundo do rio Jordão.

Este epsódio traz uma palavra de fé e de esperança para quem desanimou na vida espiritual. Traz uma palavra de fé e de esperança pra quem perdeu o vigor espiritual, a alegria de continuar, de persistir, do prazer de servir a Deus e ao próximo e de viver dedicado a Jesus.

 

Enquanto nos preparamos para o retorno às atividades: igreja, escola, passeios, eventos com os amigos e familiares... e, já vislumbrando um novo tempo, o novo normal como estão chamando, quero convidar você a olhar para este texto e aprender o quê e como Deus faz para restaurar a alegria e o vigor na vida de quem desanimou.

 

Tem três pontos nesta história que desejo considerar com você: A vida na sua normalidade, as perdas e providência de Deus.

Vamos ao primeiro ponto: a vida no seu normal.

Eliseu era diretor de algumas escolas de profetas, os seminários de teologia da época. Ele tinha um ministério acadêmico, preparar profetas, servos para a obra de Deus, e Eliseu estava sendo muito abençoado. Uma das escolas que ele dirigia, estava crescendo, estava sendo um sucesso!

 

Lemos no v.1-2 o seguinte: “Certo dia, os membros do grupo de profetas disseram a Eliseu: “Como vê, este lugar onde nos reunimos é pequeno demais. 2Vamos descer ao rio Jordão, onde há muitos troncos, e construir ali um lugar para nos reunirmos”. “Está bem”, disse Eliseu. “Podem ir”.

 

Eliseu e seus discípulos, os aprendizes de profeta, os alunos, estavam vivendo dias extraordinários: eles tinham sede pelo aprendizado, sede pela pregação da lei do Senhor e a escola crescia.

Eles falaram que o lugar ficava “pequeno demais para se reunirem”. E aí, eles decidiram aumentar o espaço, planejaram construir.

 

Eliseu estava entusiasmado, afinal por iniciativa da turma, a sua instituição de ensino iria expandir. Os estudantes também estavam entusiasmados. Todos estavam num bom momento, avançando, crescendo, rumando em frente.

 

Assim também acontece em quase todas as áreas de nossa vida: pessoal, profissional e espiritual também. Quando a gente tem sede, queremos aprender, crescer, amadurecer, expandir!

E tomamos iniciativas importantes: estamos animados, então, nos oferecemos para fazer a obra, nos expomos, nos entregamos.

 

Trabalhamos duramente, damos o nosso melhor, sacrificamos tempo e família… E, é verdade também: nos envolvemos mais com as pessoas e, consequentemente, nos abrimos e nos ferimos, até que algo inesperado acontece.

 

Aí, vem o segundo ponto da história bíblica aqui e da história da nossa vida também: as perdas.

Enquanto todos eles trabalhavam cheios de ânimo, entusiasmo, lemos no v.5 que um dos rapazes, discípulos de Eliseu, perdeu o machado.

 

O machado é uma ferramenta simples: tem o cabo de madeira e tem a parte de ferro com uma lâmina que serve para rachar lenha. Uma cunha de madeira é que prende o ferro ao cabo. Esse ferro com o corte pesa em média,1,5kg.

 

Pois, um dos estudantes perdeu a parte de ferro do machado, ficou só com o cabo na mão.

 

Esse discípulo que trabalhava animado com o grupo, agora, passou da vibração para a chateação num instante. A cara dele fechou, porque perdeu o machado e o que é pior, perdeu o machado que alguém havia emprestado para aquele serviço!

E sabe, naquele tempo, as ferramentas eram raras. Não havia lojas nem Mercado Livre onde conseguir outra, e nem todos tinham condições de comprar e de manter ferramentas. Elas eram muito caras.

 

Então, era preciso ter muita atenção em usar o machado, porque ele pode se soltar do cabo. É bom uma verificação constante, uma manutenção.

 

Moisés até chegou a elaborar uma lei que falava do ferro saltando do cabo e ferindo alguém que estivesse próximo (Dt 19.4-5).

 

Bem, como a ferramenta era emprestada, aquele estudante tinha que reembolsar à pessoa que lhe havia emprestado o machado. E sendo uma ferramenta cara, isso significava que aquele estudante estaria comprometido financeiramente por um bom tempo, até pagar pelo novo machado.

 

E o prejuízo foi grande. O moço que usava o machado estava em apuros, pois tinha que pagar pela ferramenta; ele perdeu dinheiro com isso. Os seus colegas também sofreram, porque não podiam contar mais com um companheiro na obra.

 

E o dono da ferramenta perdeu, porque, vai saber por quanto tempo teria um novo machado! Portanto, todos sofreram com aquela perda. Que coisa: depois de tudo indo tão bem, todos passaram a experimentar uma perda dura demais.

 

Agora, veja o contexto em que aquele estudante perdeu a ferramenta. O v.5 diz: “Enquanto um deles cortava um tronco, a parte de ferro do machado caiu no rio. “Ai, meu senhor!”, gritou. “O machado era emprestado!”

Todos nós estamos sujeitos a perdas assim na vida: seja em meio a um relacionamento amistoso, seja em meio ao nosso envolvimento na obra de Deus, na igreja, seja no trabalho que fazemos.

 

Então, aqui entra uma lição: Enquanto estamos envolvidos no trabalho, se não prestamos atenção, se não nos precavemos, poderemos perder e levar outros a perderem também.

 

A Bíblia não esconde esse fato. Ela mostra homens e mulheres que, por falta de zelo, falta de atenção, perderam algo importante.

Moisés perdeu a paciência com o povo hebreu no deserto e socou a rocha, tentando tirar água dela (Nm 20.1-13).

 

Davi perdeu o autocontrole quando quase cortou o pescoço de um tal de Nabal (1Sm 25.13). E Davi perdeu o controle ao se envolver com Bate-Seba e armar a morte de Urias, o marido dela (2Sm 11).

 

O profeta Elias perdeu o ânimo e se escondeu deprimido numa caverna (1Rs 19.1-18).

 

A lista é grande, mas já dá pra você perceber: como é fácil perdermos enquanto estamos no trabalho, principalmente fazendo a obra de Deus. Entenda que estamos todos sujeitos a isso. Nós pecamos e vivemos num mundo afetado pelo pecado. Portanto, perdas acontecem.

Mas, graças a Deus, enquanto respiramos, nos movemos e existimos nessa vida, sempre tem uma providência de Deus para nós!

 

Portanto, se você sofreu a perda do ânimo, não está mais animado com nada, (seu trabalho, seus estudos, sua igreja, nem com a própria vida), escuta, ainda há esperança! Nossa vitória e esperança está no Salvador e Senhor Jesus Cristo!

 

E isso nos leva ao terceiro ponto da história: a providência de Deus.

Aquele estudante, aprendiz de profeta, que perdeu o machado que afundou no rio, ele soube procurar ajuda.

 

Veja o que está escrito no v.5-6: “Enquanto um deles cortava um tronco, a parte de ferro do machado caiu no rio. “Ai, meu senhor!”, gritou. “O machado era emprestado!” 6“Onde caiu?”, perguntou o homem de Deus. Quando mostraram o lugar para Eliseu, ele cortou um galho e o jogou na água, e fez o ferro do machado flutuar”.

 

Observe que o rapaz procurou a pessoa certa; ele procurou falar com o homem de Deus, com Eliseu (v.5-6). E ele falou do seu problema sem rodeios, falou com clareza: “Ai, meu senhor!”, gritou. “O machado era emprestado!” (v. 5) e sabia exatamente onde o machado havia caído (v.6).

 

Irmãos, povo de Deus que caminha conosco aqui na KARIS: se algum de vocês perdeu o vigor espiritual, o ânimo espiritual, não ande sozinho, seja humilde e quebrantado para buscar ajuda em Jesus.

Eu sei que é da natureza humana achar que podemos nos virar sozinhos. Mas, há coisas na vida que não se resolve sozinho e nem pela força, mas pelo Espírito de Deus.

Então, o que você pode fazer se perdeu o vigor espiritual, o ânimo, o gás para viver e fazer a obra de Deus?

 

Busque pela providência de Deus. Deus é bom. Deus cuida dos detalhes da nossa vida.

 

Você já parou pra considerar que Deus nos preparou para esta pandemia?

Sim, Deus nos deu a Internet, temos as redes sociais, temos as lives de quem gostamos, temos a tecnologia da interatividade, coisa que outras gerações não conheceram.

 

Pensa nessa pandemia, no auge da quarentena, se não fosse o wi-fi... Deus preparou a nossa geração pra essa crise.

 

Portanto, com esse recurso, você que anda ansioso, que luta contra o desânimo, que perdeu a chama espiritual de antes, você pode se conectar a alguém que é de Deus, alguém que é de fé e que ama a Deus e ser ajudado!

 

Nesse tempo de pandemia, conectar é a palavra do momento.

Hoje cada um tem o seu próprio Smartphone. Os bebês já nascem fazendo selfies com o celular dos pais! Vivemos a era digital; todos estamos conectados!

 

Então, o que você pode fazer para restaurar o fervor espiritual, a chama da paixão por Deus e pelas coisas de Deus? Você pode tirar proveito da providência divina.

 

Você pode chamar alguém da fé para orar com você e compartilhar uma Palavra de Deus com você. Essa conexão abençoa!

 

Se você abafar uma vela acesa com um copo, o que acontece com a vela? A chama se apaga, porque faltará oxigênio. Com você acontece o mesmo com a vela: se faltar contato com pessoas de fé, se faltar comunhão com os irmãos, a chama apaga e o desânimo se instala.

 

Então, o meu apelo hoje, é que você invista na restauração do seu vigor espiritual.

Busque, intencionalmente, a comunhão com outro irmão na fé. Convide: “Posso orar com você? E você pode orar por mim?” Jesus está na vida do seu irmão e através dele, Jesus te abençoará!

 

Lembre-se que podemos torcer pra um time diferente, ter gostos diferentes, opiniões diferentes, mas temos sempre algo em comum com qualquer irmão na fé – Jesus! Jesus nos une um ou outro!

 

Dietrich Bonhoeffer, um filósofo cristão, morto no campo de concentração nazista, escreveu: “O fato de sermos irmãos exclusivamente através de Jesus Cristo tem um significado imensurável. O irmão com o qual lido na comunhão não é aquela pessoa honesta, ansiosa por fraternidade e piedosa que está diante de mim, mas é a pessoa redimida por Cristo […] Nossa comunhão não pode ser baseada naquilo que a pessoa é em si, em sua espiritualidade e piedade. Determinante para nossa fraternidade é aquilo que a pessoa é a partir de Cristo. Nossa comunhão consiste unicamente no que Cristo fez por nós dois.”

 

Quando mantemos a motivação da nossa comunhão não no que o nosso irmão faz ou deixa de fazer, mas no que Cristo fez por ele, teremos sempre boas razões para caminharmos juntos.

 

Então, irmão, irmã, todos estamos sujeitos às perdas enquanto nos ocupamos em alguma atividade na vida, e uma perda que está sendo muito comum nesse ano de pandemia, é a perda do fervor espiritual: deixar de fazer oração, de ler a Palavra, de prestar culto, de evangelizar...

Se essa parte do seu machado caiu lá no fundo, se você desanimou, se esfriou na fé, busque agora pela providência de Deus.

 

A Bíblia diz (Is 41.6 – ACF): “Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te”.

 

Vamos fazer isso? Se você está na posição do rapaz que perdeu o machado, ele buscou por Eliseu, pessoa de Deus, falou da situação, e Eliseu ajudou a resgatar o machado.

 

Sua vitória está em Jesus. Busque ajuda! Restaure o seu vigor espiritual, recupera o ânimo e vamos que vamos, porque você é uma bênção, sua vida é preciosa e Deus tem propósitos para sua vida neste mundo!

 

Se você desejar que um irmão/irmã, faça uma oração especial com você nesta semana, me mande uma mensagem, neste contato, que está aparecendo na tela.

 

Sua vitória e esperança está no Salvador e Senhor Jesus Cristo e Ele te ajudará.

 

Em nome de Jesus, amém!

Pr Walter Pacheco da Silveira, 30.08.2020

Fonte: Leandro B Peixoto

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