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AS SETE PALAVRAS DA CRUZ

Lucas 23.33-34

 

Hoje celebramos a Páscoa, que é uma das festas mais antigas e importantes do cristianismo, e também, a festa mais distorcida da história. Não é surpresa. No Natal, o Papai Noel rouba a cena do Filho de Deus. Na Páscoa, é o coelhinho e o chocolate.

Nada contra coelho e chocolate, mas você sabe o significado da Páscoa, o que exatamente se comemora hoje?

A origem da Páscoa está na história que a Bíblia conta, no livro do Êxodo, sobre a libertação do povo de Israel da escravidão em que viviam no Egito.

Ramsés II, rei do Egito, estava apavorado com o crescimento do povo de Israel, achando que iria perder o seu trono. Então, o povo de Israel foi colocado em regime de escravidão. E Deus preparou e usou Moisés para libertar o povo daquela situação. E feito isso, Deus mesmo ordenou que o povo celebrasse, geração em geração, esta libertação. A palavra “páscoa” significa “passagem” no caso, a passagem do povo de Israel da escravidão para a liberdade.

Com Jesus, a Páscoa ganhou um novo significado. Com Jesus, passamos da condição de pecadores, para perdoados, passamos da morte para a vida.

Então, enquanto muitos comemoram a Páscoa esvaziada do seu verdadeiro sentido, onde o coelho tomou o lugar de Jesus e o chocolate, o lugar do sangue derramado na cruz, eu convido você hoje, a refletirmos mais de perto no significado da morte do Senhor na cruz.

Veja comigo: sete palavras Jesus pronunciou no alto da cruz. E é curioso isso, porque embora estivesse num momento de dor, Jesus reuniu forças para nos deixar uma mensagem perfeita do amor de Deus.

 

A primeira palavra que Jesus pronunciou da cruz, foi uma PALAVRA DE PERDÃO. Foi quando Ele disse (Lc 23.34 – NVI): “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”.

Naquele momento, Jesus não apenas orou em favor dos que O crucificaram, mas diminuiu a culpa deles, dizendo: “eles não sabem o que estão fazendo”.

Que coração bondoso é coração de Jesus! Que amor perfeito! Talvez você carregue a dor dos seus pecados, a culpa e a nojeira deles. Mas, você pode ter esperança, porque Jesus pede ao Pai o perdão para você!

E isto é exemplo pra nós: alguém nos ofendeu? Nos entristeceu? Liberemos perdão, orando a Deus: “Pai, perdoa essa pessoa porque ela não sabe o que faz”. Pensa que sabe!

A segunda palavra que Jesus pronunciou do alto da cruz foi uma PALAVRA DE SALVAÇÃO.

Quando o criminoso que estava crucificado à direita de Jesus, viu a maneira abençoada de Jesus reagir a ofensa e fazer aquela oração rapidinha, pedindo ao Pai que perdoasse os que O crucificavam, isso tocou o coração daquele malfeitor. Trouxe arrependimento.

Foi aí que ele disse (v.42): “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. E Jesus respondeu a ele, certamente, com voz trêmula, sufocada (v.43), disse disse: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso”.

Que coisa gloriosa, você está vendo? Aquele homem viveu a vida toda como um malfeitor, um criminoso, fazendo coisas erradas, vivendo do crime, mas na última hora ele se arrepende e na última hora ele é salvo.

Isso mostra pra nós que a salvação ninguém ganha porque fez o bem ou foi uma boa pessoa e coisa e tal.

A salvação é um presente. A salvação é dada por Deus e todos que crêem que Jesus Cristo é o Salvador, a recebe, E foi o que o malfeitor fez naquela hora.

Se você ainda não recebeu este presente, você ainda não está salvo. Então, creia que Jesus é o Salvador, porque até que você faça isso, você não estará salvo.

 

A terceira palavra que Jesus pronunciou na cruz, foi uma PALAVRA DE AMOR.

No evangelho de João está escrito (19.25-27 – NVI): “Perto da cruz de Jesus estavam sua mãe, a irmã dela, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe ali, e, perto dela, o discípulo a quem ele amava, disse à sua mãe: "Aí está o seu filho", e ao discípulo: "Aí está a sua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a levou para casa”.

Quando Jesus disse a Maria: “aí está o seu filho” e para o discípulo disse: “aí está a sua mãe”, Jesus estava mostrando, mesmo do alto da cruz, que Ele não estava preocupado consigo mesmo, mas sim, no bem-estar das pessoas.

Jesus demonstrou um cuidado especial por Maria, sua mãe. Com aquela palavra, Jesus estava dizendo ao apóstolo João: “cuida de Maria”.

Então, nesse gesto, Jesus ensina que devemos ter um cuidado especial com a nossa família. E Jesus mostrou isso mesmo pregado na cruz. Que tremendo!

Ame a sua família. Honre os seus pais. Cuide bem dos entes queridos, porque esse é o seu maior patrimônio.

 

A quarta palavra que Jesus pronunciou do alto da cruz, foi uma PALAVRA DE ANGÚSTIA.

Jesus disse (Mc 15.34): “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”, é porque naquele momento, Jesus foi feito o próprio pecado por nós.

O pecado corta a ligação do homem com Deus. Da mesma maneira que o fio partido não permite mais a energia elétrica de chegar à uma lâmpada, assim é o pecado. Ele corta a nossa ligação com Deus.

Então, naquele momento em que Jesus disse “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”, é porque naquela hora, Ele recebeu sobre Si os nossos pecados e a ira de Deus, que devia ter vindo sobre nós, era merecido, mas veio sobre Ele. Jesus morreu desamparado.

Mas, que fato extraordinário! Jesus foi desamparado na cruz, para que você e eu fôssemos amparados por toda a eternidade. Está escrito no evangelho de João: “Quem crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3.36 – NVI).

Você crê no Filho de Deus como o seu Salvador? Pensa nisso, porque quem rejeita Jesus, permanece debaixo da ira de Deus.

 

A quinta palavra da cruz foi uma PALAVRA DE AGONIA, quando Jesus disse, (Jo 19.28): “tenho sede”.

Na cruz, Jesus já estava sofrendo dores, cãibras e agora, garganta seca, uma terrível sede.

E, em vez dos homens diminuirem o sofrimento de Jesus, o que fizeram? Em vez de água, deram vinagre para Jesus beber. Ora, vinagre é uma bebida ácida. O propósito era aumentar ainda mais o sofrimento de Jesus.

Foi muito cruel. Na cruz, Jesus sofreu fisicamente, sofreu moralmente, sofreu espiritualmente. Na cruz, Jesus morreu em nosso lugar. Você reconhece que Jesus sofreu o que você deveria sofrer?

 

Mas, a sexta palavra de Jesus na cruz foi uma PALAVRA DE VITÓRIA, quando Ele disse (Jo 19.30 – NVI): “está consumado”.

No grego é a palavra tetelestai, que significa “está pago, está quitado, não deve mais nada”.

Ao morrer na cruz, Jesus estava quitando a nossa dívida com Deus. Jesus estava dizendo: “Aquele que crê em mim, não deve mais nada. Seus pecados estão perdoados. A sua dívida está paga. Agora, eu estou abrindo um novo caminho para o céu. Você pode voltar para a bênção de Deus”.

Que verdade gloriosa! Você crê em Jesus para a sua salvação?

 

E a sétima e última palavra de Jesus na cruz, foi uma PALAVRA DE ENTREGA, porque diz o texto (Lc 23.46 – NVI): “Jesus bradou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.

No momento que Jesus estava morrendo pelos nossos pecados, Ele dá por completa a Sua missão.

Quando Jesus entrou em óbito, o inferno festejou. O corpo foi levado para a sepultura, onde permaneceu três dias, porque no terceiro dia, comemoramos hoje, você sabe, Jesus ressuscitou!

Mas, preste atenção nesse espaço de tempo entre a morte e a ressurreição: nesse espaço de tempo, o corpo de Jesus não entrou em putrefação, que é o processo de apodrecimento do corpo.

Por que não? Porque o veneno da morte foi tirado, foi arrancado. Jesus venceu a morte com a Sua própria morte!

A partir daquele momento, a morte não tem mais a última palavra. Pensa nisso: a pessoa pode até fechar os seus olhos nesse mundo e ter o seu corpo levado para o cemitério e voltar a ser pó, mas quem crê em Jesus, o Filho de Deus, tem a vida para sempre!

Jesus até havia dito aos discípulos: “quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 21.25).  

Que fato glorioso: Jesus morreu na cruz e destruiu a morte!

 

Conclusão

Hoje é Domingo de Páscoa, o mais diferente da nossa vida, porque estamos em quarentena por conta do coronavírus.

Mas este Domingo de Páscoa pode ser ainda mais diferente se você tomar a decisão mais importante da sua vida: a decisão de entregar a sua vida para Jesus dirigir e abençoar.

 

Pr Walter Pacheco da Silveira, 12/04/2020

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