top of page

OLIVEIRA VERDE

Salmo 52.8

 

No passado bíblico, em Israel, as azeitonas passavam por quatro processos de moedura a fim de se conseguir vários tipos de azeite.

O primeiro tipo de azeite era usado para a adoração, ou seja, era para o serviço no templo... os demais tipos de azeite serviam para a alimentação, outro para a iluminação das casas e outro tipo até servia para a fabricação de uma espécie de sabão.

E, sabe, espiritualmente, o preparo do azeite, representa a nossa jornada de amadurecimento como filhos de Deus nesta terra.

Vamos aprender sobre isso? Está escrito aqui no Sl 52.8: “...eu sou como uma oliveira verde, que cresce perto da casa de Deus; eu confio no seu amor para sempre e sempre".

Fazendo uma pesquisa, você descobre facilmente, como que no passado, o azeite era preparado. As azeitonas passavam por um rigoroso processo de moedura para que o azeite pudesse ser extraído.

O salmista Davi conheceu esse processo de fabricação do azeite e se comparou à oliveira verde na Casa de Deus...  a oliveira é a arvorezinha cujo fruto chamamos de azeitona, de onde então se extrai o azeite. Muito interessante isso!

Os pesquisadores afirmam que os judeus, naquela época, abriam um buraco numa pedra ou num tronco de árvore e colocavam as azeitonas dentro daquele buraco.

Aí, eles tampavam o buraco com um tronco gigantesco e, depois, com uma corda, suspendiam uma enorme pedra que deixavam cair, umas quatro vezes, sobre o tronco, que esmagava as azeitonas. E desta forma, o azeite era produzido. Era assim o processo de moedura em Israel.

 

A primeira vez que a pedra caía com força sobre o tronco de madeira, as azeitonas eram espremidas, e aí se formava o azeite que seria usado para a adoração no templo...  veja só, o azeite de primeira qualidade era para ser utilizado no templo!

Na segunda vez, era extraído o azeite, que seria utilizado na alimentação. Depois, na terceira vez que a pedra esmagava ainda mais as azeitonas, era tirado o azeite para a iluminação das casas.

E por último, na quarta vez que as azeitonas eram espremidas com mais força, aí se extraía o azeite para a fabricação de sabão.

A questão é: o que tem a ver o fruto da oliveira e a nossa vida? Por que Davi falou: “sou como a oliveira verde”? Que analogia podemos fazer desse processo de extração do azeite?

 

Primeira lição: EU DEVO OFERECER O MELHOR PARA DEUS.

Para Deus o melhor! Quando os judeus espremiam as azeitonas na primeira vez, dali eles podiam extrair o azeite mais puro, e esse azeite puro era o que seria usado para a adoração na Casa de Deus.

Olha aí a lição: Você quer ser usado na obra de Deus, quer ter maravilhosos testemunhos pra contar, quer ser consagrado, quer ser uma bênção? Então, deve você seguir algumas condições. E a primeira condição é essa: ofereça o seu melhor a Deus.

Irmão, se você quer ser uma benção, (e não existe reconhecimento melhor e maior do que esse - ser reconhecido como uma benção... as pessoas lidarem com você, conhecerem você e depois comentarem umas com as outras: “Olha, Marcos Cézar é uma bênção, viu! que pessoa maravilhosa! ...a Rose? ...que bênção de pessoa ela é!” - ah! não tem reconhecimento maior do que este!)

Então, pra qualquer um de nós ser uma bênção, primeiro, terá de aprender a oferecer o seu melhor pra Deus: as primícias da sua renda, do seu tempo e da sua capacidade.

Primícias são as primeiras partes... o primeiro azeite era a primícia, e era levado para uso no templo.

Talvez, você diga: "Sim, as primícias da minha renda, eu sei, é o dízimo! Se eu ganho algum dinheiro, a primeira parte é o dízimo. Mas, como posso ofertar o melhor do meu tempo e da minha capacidade para Deus, se eu trabalho dez horas por dia?”

Veja, a gente só pode ofertar a Deus aquilo que está sob o nosso domínio. Se você trabalha oito ou dez horas por dia, essa é a sua jornada de trabalho. E pelas leis trabalhistas, você tem a obrigação de cumprir com o horário.

Mas, o melhor do seu tempo começa a ser contado quando você assina o ponto ou quando chega a sua casa.

O melhor do nosso tempo são as horas que podemos administrar como bem entendemos. E sabe, geralmente, é no melhor do nosso tempo que fazemos "bobagens", coisas sem muita importância ou que não são prioridades, como navegar pelo Facebook, dar uma volta, assistir um filme alugado na locadora... se esticar no sofá com o controle remoto da TV na mão...

Normalmente, no melhor do nosso tempo, nós não paramos para orar, nós não entramos em nosso quarto para louvar a Deus, ler a Palavra...

Mas, irmão, se você quer ser uma benção, então você tem de aprender, em primeiro lugar, a oferecer o melhor do seu tempo para Deus.

Se não for assim, você não poderá dizer como Davi: “sou como uma oliveira verde na casa de Deus”.

É possível que você pergunte: "Mas, pastor, de que forma eu posso ser uma bênção na obra de Deus, na vida de outras pessoas?"

 

Olha, você só poderá ser um instrumento de adoração, um canal de bênção, se o que você faz e aquilo que você é, glorifica a Deus. Se tudo o que você faz (suas atitudes, seus projetos, suas atividades), e se todo o seu ser glorifica a Deus, isto é, agrada a Deus, então você será como uma oliveira verde na Casa de Deus.

Estará cumprindo a recomendação do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 10.31: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”.

É muito lindo o que Davi diz no Salmo 103.1: “Ó SENHOR Deus, que todo o meu ser te louve! Que eu louve o Santo Deus com todas as minhas forças!”.

Mas como que eu posso ser uma benção, se todo o meu ser não agrada a Deus?

A expressão "todo o ser" fala da nossa alma, que tanto pode guardar sentimentos de ódio, rancor, vingança e desejos da carne, como pode conservar sentimentos de amor, compaixão, alegria...

Mas, sabe, se a nossa alma estiver carregada de rancor, de tristeza e de sujeira do pecado, nós não agradamos a Deus, e consequentemente, não podemos ser uma benção... porque para ser bênção, antes de tudo, é preciso que todo o nosso ser agrade a Deus.

 

Por isso, irmão, de nada adianta falar em línguas, pular, dançar, gritar “glória a Deus”, se o seu coração estiver sobrecarregado de vingança, maldade, falta de perdão, culpa e tantas outras sujeiras.

Pessoas nestas condições espirituais não agradam a Deus. Então, é preciso liberar perdão, acertar o que estiver errado, renovar a aliança.

Só assim é que poderemos adorar a Deus de verdade, pois, como disse Davi em outro Salmo: “Quem tem o direito de subir o monte do SENHOR? Quem pode ficar no seu santo Templo? Somente aquele que é correto no agir e limpo no pensar, que não adora ídolos, nem faz promessas falsas. O SENHOR Deus o abençoará, o salvará e o declarará inocente no julgamento” (Sl 24.3-5).

Agora, como sabemos se somos verdadeiros instrumentos de benção ou não?

É simples: quando nossas ações e atitudes levam os outros a se aproximarem de Deus, a quererem ficar mais perto de Jesus...  se isso acontece, então somos uma bênção!

Se as nossas ações e nossas atitudes levam os outros a darem glória a Deus, isso mostra que somos instrumento de benção.

O que Jesus ensinou em Mateus 5.16?  “Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.”

Mas, se damos lugar ao nosso instinto malicioso e, consequentemente, mau exemplo aos nossos colegas de trabalho... de escola... se somos pessoas mal-humoradas, criadoras de caso, maledicentes... então, não somos instrumentos de benção.

Os não são crentes vão olhar para a nossa vida e falarão: "O que? Pra ser crente como Fulano, prefiro ficar do jeito como estou!”

Então, irmão, você não pode ser instrumento de benção se as pessoas, ao olharem para a sua vida, em vez de glorificar a Deus, começarem a se afastar ainda mais dEle, por causa das suas atitudes, dos seus  maus hábitos e pecados.

Olha, a gente precisa fazer como o apóstolo Pedro recomendou, 1 Pe 2.12: “A conduta de vocês entre os pagãos deve ser boa, para que, quando eles os acusarem de criminosos, tenham de reconhecer que vocês praticam boas ações, e assim louvem a Deus no dia da sua vinda”.

 

Como podemos saber se somos uma bênção? Uma boa maneira de descobrirmos isso é quando falamos.

Será que na nossa fala, louvamos a Deus, elogiamos os Seus feitos poderosos?

No Salmo 34.1, o salmista Davi, disse: “Eu sempre darei graças a Deus, o SENHOR; o seu louvor estará nos meus lábios o dia inteiro”.

Já no Salmo 71.8, está escrito: “O dia inteiro, eu te louvo e anuncio a tua glória.” Você já adorou a Deus hoje? ...e como foi ontem, antes de ontem?

Irmão, se você já tem por hábito praticar o TSD - Tempo Sozinho com Deus, continue neste propósito e você será grandemente abençoado.

Mas, se você ainda não tem buscado a presença de Deus, para louvá-lO, adorá-lO, então, começa logo.

Sabe, lamentavelmente, isto é algo que raramente desejamos. A nossa pressa na maioria das vezes é fazer petições do tipo: "Senhor, me dá... Senhor eu quero... Senhor, me dá porque eu preciso”.

Quantos que até citam trechos da Bíblia, pra Deus correr: “Oh Senhor, Tua Palavra diz que o Senhor abriu o mar Vermelho, abre o que está à minha frente também, Senhor... não é o mar Vermelho, mas a coisa tá preta! O Senhor derrubou gigantes, então, derruba também o meu".

 

A nossa oração é muito assim só de pedir... no final, depois de pedir é que costumamos dizer: "Senhor, eu te dou graças por tudo, amém".

Amado, é claro que temos a condição de pedir coisas a Deus em nome de Jesus, mas a nossa conversa com o Senhor, não deve ser só de petição... a gente tem que agradecer, louvar, adorar... não é só pedir.

Portanto, nós nos tornamos verdadeiros instrumentos de benção, quando oferecemos a Deus o que temos de melhor...

O salmista Davi se comparou ao azeite extraído do primeiro processo de moedura das azeitonas, porque ele dava prioridade a Deus... ele entregava as primícias para Deus.

Foi por isso que ele declarou: “eu sou como uma oliveira verde”... o meu melhor é para Deus”.

Amados, que sejamos assim... para Deus, o nosso melhor . Amém.

 

Pr Walter Pacheco da Silveira, Fonte: Eu Sou Oliveira, Central Gospel

bottom of page