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A ORAÇÃO DAS QUATRO PALAVRAS

Lucas 18.13

 

Há uma oração curtíssima, que resume tudo, todos os sentimentos, toda a necessidade que se tem...

E esta oração deve ser a mais curta de todas as orações. Ela tem apenas quatro palavras e, se você coloca um ponto de exclamação no final de uma delas, então basta uma palavra só e ela traduzirá tudo o que se possa dizer.

Talvez seja essa a oração mais humilde e mais profunda que se possa fazer.

É uma oração libertadora, ela lava a alma, ela é poderosa!

Então, seja qual for o problema, em qualquer lugar e em qualquer hora, essa oração de quatro palavras, ou de uma só palavra, resolve tudo.

Ela pode ser feita na primeira pessoa do plural (com o emprego do pronome nós), quando há absoluta concordância entre duas ou mais pessoas. Porém, em geral, essa oração é feita na primeira pessoa do singular, quando se usa especialmente o pronome oblíquo “mim”.

 

Eu estou me referindo à extraordinária oração que está no v.13, que na versão de quatro palavras, é a seguinte: “Tem misericórdia de mim”, e na versão mais curta é: “Misericórdia!”

Você pode até ampliar o quanto quiser esta oração, como fez o publicano desta parábola que Jesus contou.

O publicano dobrou o número de palavras, quando orou: “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”.  

A mesma coisa fizeram os dois cegos de Jericó... o texto de Mt 20.30-31 diz: “Dois cegos estavam sentados à beira do caminho e, quando ouviram falar que Jesus estava passando, puseram-se a gritar: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! A multidão os repreendeu para que ficassem quietos, mas eles gritavam ainda mais: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!”.

Esta oração das quatro palavras também aparece muitas vezes no livro dos Salmos... faz parte freqüente da oração do salmista.

No Salmo 119 ela aparece duas vezes (v.58: “De todo o coração suplico a tua graça; tem misericórdia de mim, conforme a tua promessa”.

E no v.132: “Volta-te para mim e tem misericórdia de mim, como sempre fazes aos que amam o teu nome”.

No v.77, o salmista suplica outra vez, mudando apenas o verbo ter por alcançar. Ele diz: “Alcance-me a tua misericórdia para que eu tenha vida”.

Outros quatro Salmos são iniciados exatamente com esta oração das quatro palavras : o Salmo 4, o 51, o 56 e o 57.

O salmista suplica: “Tem misericórdia de mim”.

É como se ele não pudesse viver sem a misericórdia do Senhor. Daí o clamor do Sl 40.11: “Não me negues a tua misericórdia, Senhor”.

 

Irmão, é só por misericórdia de Deus mesmo, que eu, você... fomos salvos e vivemos!

Quando um de nós clama em desespero: “Lava-me de toda a minha culpa”, ou, “Purifica-me do meu pecado” ou ainda, “Apaga todas as minhas iniquidades” (51.2, 9).

Por que acha que Deus responde positivamente a este clamor?

Você acha que Deus olha pra você e diz: “É, você merece ser perdoado... você tem feito por merecer a bênção, então vou abençoá-lo”.

Acha que é assim que se passa? ...não. O nosso Deus não é obrigado à fazer nada à ninguém.

Quem é que virou as costas para Ele? ...quem é que tem pecado e se desviado dos caminhos do Senhor? ...quem é que está devendo a quem?

Há crentes achando que Deus está na obrigação de abençoar, de restituir, de fazer crescer e prosperar...

É certo que Ele faz, mas saiba sempre, que quando Deus faz, é por misericórdia.

E o que é misericórdia, afinal?

Talvez a melhor maneira de explicar misericórdia, é dizer que ela é demonstrada quando a pessoa não ganha o que merece.

Sendo pecadores, desobedientes a Deus, ingratos... merecemos nada menos do que o castigo de Deus.

A Bíblia diz que porque somos pecadores, a conseqüência é a morte... o banimento da presença de Deus – o que é completamente justo.

Porém, Deus, movido por amor, escolhe abençoar, sustentar, guardar... isso é misericórdia!

 

Conclusão

Quantos estão conscientes disso? ...quantos que reconhecem nada merecer de Deus e se recebem, estão agradecidos, porque sabem que se recebem, isso é só por causa da misericórdia dEle?

Que essa verdade produza humildade e mais gratidão, em nome de Jesus.

 

Pr Walter Pacheco da Silveira, Extraído da Revista Ultimato/Elben M. Lenz César

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