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MUDA BRASIL

Mateus 3.1-10

 

“Naqueles dias surgiu João Batista, pregando no deserto da Judéia. 2 Ele dizia: "Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo". 3 Este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’ ".

4 As roupas de João eram feitas de pêlos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura. O seu alimento era gafanhotos e mel silvestre.

5 A ele vinha gente de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a região ao redor do Jordão. 6 Confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.

7 Quando viu que muitos fariseus e saduceus vinham para onde ele estava batizando, disse-lhes: "Raça de víboras! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima? 8 Dêem fruto que mostre o arrependimento! 9 Não pensem que vocês podem dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. 10 O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo” (NVI).

 

Esse texto fala da pregação de João Batista. João Batista foi o precursor de Jesus, isto é, aquele que pregou anunciando a vinda de Jesus, o nascimento de Jesus.

João Batista teve o seu nascimento anunciado por um anjo, o anjo Gabriel, que também anunciaria mais tarde, para a virgem Maria, o nascimento de Jesus.

Outro aspecto curioso é que diante da notícia do seu nascimento, o pai de João Batista, o seu Zacarias, ficou mudo e permaneceu mudo até o dia do nascimento do filho. É que a dona Isabel, a esposa, sendo idosa, Zacarias duvidou da possibilidade dela ficar grávida.

Então, Zacarias era alguém que havia perdido a voz.

Um problema sério, porque ele era um dos sacerdotes do templo de Jerusalém, ele tinha um ofício religioso, mas renunciou aos privilégios do sacerdócio, não tanto por causa da mudez, mas porque se deu conta de que a religião estava sendo usada para promover a maldade e a divisão entre as pessoas na sua época.

João Batista cresceu nesse ambiente. E, provavelmente, foi chocado com as experiências negativas do seu pai como sacerdote do templo, que ele decidiu morar no deserto.

Tudo indica que ele mais queria era distância da sociedade da sua época.

Então, João Batista se tornou uma pessoa bastante radical. Ele colocava o dedo na ferida mesmo. Ele pregava, chamando o povo ao arrependimento, e por conta disso, não foi bem aceito pelas pessoas que não queriam mudanças. Por isso, o mataram.

O rei Herodes e toda a sua corte, não queriam mudanças. Os poderosos da época não queriam mudanças.

Mas essa era a pregação de João Batista, que Jesus, o Filho de Deus, estava para chegar, inaugurando um novo tempo, a chegada de um novo reino, o reino de Deus, que “toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo”.

Mas, quando Herodes se sentiu ameaçado, contra-atacou e decidiu cortar a cabeça daqueles que o ameaçaram. E o primeiro a sofrer foi João Batista, que foi morto decaptado.

Ainda hoje, nós vemos que quem se beneficia com uma situação, não quer mudanças.

Portanto, João Batista nos fala da realidade dele, porque quer que olhemos para a nossa realidade. E as imagens desse tempo de campanha política, certamente ainda nos chocam.

Primeiro, foi o atentado contra a vida do candidato Bolsonaro, em Juiz de Fora-MG, véspera do dia da Pátria, o feriado 7 de Setembro. Por pouco, pouco mesmo, a vida e o sonho não foram interrompidos naquele dia.

 

A outra imagem desse tempo vem dos noticiários: candidatos envolvidos com corrupção, alguns inclusive barrados de serem votados, e as fake News, imagens montadas para desmoralizar e enganar...

Se o caso do atentado emocionou o mundo inteiro – as notícias nos jornais dos outros países, tem falado de como os políticos daqui nos envergonham.

Diante disso, não há dúvida: o Brasil precisa de mudança.

E João Batista, vivesse hoje, ele diria: “Raça de víboras, ninhada de cobras venenosas, mostrem que vocês se arrependeram dos seus pecados, porque toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo”.

 

A mensagem de João Batista dizia precisamente isso: “Vocês precisam de mudança; vocês têm que mudar”.

Irmãos, a pregação de João Batista chamava as pessoas para o arrependimento, para a mudança. Ele estava dizendo claramente: “As coisas não vão mudar na política, na igreja, na sociedade em geral se cada pessoa não mudar primeiro”.

Para João Batista, primeiro é necessário que as mudanças ocorram no interior de cada pessoa. Cada pessoa precisa mudar no seu interior, no seu coração, na mente.

Aliás, esse é o significado do termo arrependimento, metanoia no grego original bíblico. Uma mudança interior, da mente.

Irmão, cada um de nós deve ser a mudança que Deus deseja para o Brasil.

Se queremos que o Brasil tenha mais paz, mais justiça, então devemos começar por nós mesmos, cultivando essas atitudes de paz e de justiça.

 

Tem uma história do índio americano sobre os dois lobos que moram dentro de cada pessoa. Dois lobos que estão em luta constante. “Quem vai vencer?”, perguntou um indiozinho e o índio pai, respondeu: “Vai vencer aquele que você alimentar mais”.

Na nossa sociedade brasileira, o bem e o mal estão em luta constante também: Quem vai vencer: o bem ou o mal? Vai ser aquele que você alimentar mais.

A mudança do Brasil não vai começar com os políticos, não vai começar com o novo presidente, nem com os novos senadores e deputados.

A mudança começa comigo, começa contigo, começa com cada um de nós. Essa mudança deve começar conosco, com nossas atitudes.

Hei! É para nós que João Batista está dizendo: “Arrependei-vos e produzi frutos dignos do vosso arrependimento”.

Portanto, se queremos um Brasil melhor, isso deve começar comigo mesmo, com a mudança de minhas atitudes.

 

Então, ao invés de mais corrupção, eu deveria parar de dar calote nos outros, de sonegar os impostos, de sonegar os dízimos... de divulgar fake News!

Como igreja, nós temos um papel importante na mudança do país.

E conforme mostra João Batista, a mudança da sociedade começa com a minha própria mudança.

Amém.

Qual parte você vai alimentar mais: o bem ou o mal?

Pr Walter Pacheco

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