DE VOLTA AOS PRINCÍPIOS 1
Mateus 28.18-20 e Atos 1.3-9
“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (NVI).
No livro de Atos 1.3-9, está escrito: “Depois do seu sofrimento, Jesus apresentou-se a eles e deu-lhes muitas provas indiscutíveis de que estava vivo. Apareceu-lhes por um período de quarenta dias falando-lhes acerca do Reino de Deus. Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: "Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei. Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo". Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: "Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?" Ele lhes respondeu: "Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade. Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles”.
Estas foram as últimas palavras de Jesus aos Seus discípulos”.
O que fazer quando um amigo precioso, que amamos, vai embora? O que fazer quando esse amigo, além das boas lembranças que deixa, nos deixa também uma missão?
Os discípulos de Jesus passaram por isso quando Jesus, depois de dizer estas coisas, foi levado para o céu de volta ao trono do lado do Pai.
Agora, os discípulos sabem que têm uma missão deixada pelo grande amigo, o Senhor Jesus e Mestre, que eles tanto consideram.
Mas, como cumprir essa missão? O que fazer?
Bem, para começar, eles seguiram a instrução de Jesus: foram para Jerusalém e aguardaram, orando juntos, o cumprimento da promessa que Jesus havia feito sobre a chegada do Espírito Santo.
Então, a igreja começa a se reunir. É a primeira vez! Uma história começa a acontecer.
Cerca de 120 discípulos estavam lá, aguardando em Jerusalém a chegada do Espírito Santo.
E aconteceu que, quando a cidade estava cheia, porque muitas pessoas tinham vindo de diversos lugares para participar da Festa de Pentecostes - era uma festa anual dos judeus, realizada numa época boa, sem chuvas e nem frio, então, dava muita gente... e aconteceu naquela ocasião de festa, de cidade cheia, que o Espírito Santo veio sobre a igreja reunida, dando aos discípulos o poder de que Jesus havia falado.
Os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo, cheios do Espírito de Deus e começaram a falar em línguas diferentes da que eles falavam.
Os estrangeiros ficaram assustados porque estavam ouvindo aqueles cristãos falarem em seus próprios idiomas. E alguns, sem entender, zombavam, dizendo que todos estavam embriagados (At 2.13).
Mas Pedro, colocando-se de pé, silenciou a multidão e começou a explicar que aquilo que estava acontecendo era o cumprimento da promessa de Jesus e até do que o profeta Joel havia profetizado (2.28-32).
Pedro fez uma pregação e ele até disse: “E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo!” (At 2.21 - NVI).
Pedro ainda ressaltou que, mesmo Jesus tendo sido morto pelos homens, Deus O ressuscitou no terceiro dia, de forma que fez dEle Senhor e Cristo (v.36).
E no final da pregação, alguns do meio do povo perguntaram sobre o que deveriam fazer, e Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (v.38 - NVI).
Irmãos, a igreja que começava naquele dia, experimentou um crescimento extraordinário, coisa que só Deus faz, porque quase três mil pessoas que tinham vindo para a Festa de Pentecostes, se converteram a Jesus naquele dia (v.41). Isto é, entregaram a vida para Deus dirigir e abençoar.
E agora, os novos discípulos se juntaram aos discípulos mais antigos, e todos cheios do Espírito Santo, começaram a viver intensamente os ensinos de Jesus.
Eles começaram a fazer intencionalmente (diga: intencionalmente) o que Jesus tinha mandado: pregavam o evangelho para as pessoas fazendo delas discípulos de Jesus.
Então, ali em Jerusalém, havia começado o movimento de multiplicação dos discípulos de Jesus.
A igreja que havia começado, tomava forma por meio da multiplicação dos discípulos.
Em Atos 2.42 a 47, lemos sobre como era o estilo de vida daqueles nossos primeiros irmãos. Está escrito: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos”.
O livro de Atos é o livro de história do Novo Testamento.
Nele encontramos a história da igreja, de como tudo começou. E este livro mostra vários princípios que, colocados em prática pela primeira igreja da história, revela o que Deus quer através do Seu povo: Deus quer a multiplicação dos discípulos. Deus quer a igreja se multiplicando!
Então, em poucos anos, os discípulos de Jesus já estavam espalhados por grande parte do mundo conhecido naquela época. E foi a chegada do Espírito Santo durante a festa de Pentecostes que inaugurou esse movimento de multiplicação!
Irmãos, o que aprendemos desse extrato da história da igreja?
Aprendemos que fazer discípulos era prioridade na vida da igreja dos primeiros crentes. A paixão deles era fazer discípulos. E a motivação para isto vinha do poder do Espírito Santo e do sentimento de urgência em cumprir a missão do amigo e Senhor Jesus.
Jesus havia falado pra eles que o evangelho precisa ser pregado a todo o mundo para que o reino de Deus seja completamente estabelecido na terra.
Então, eles tinham pressa em compartilhar o evangelho com as pessoas. Eles queriam transmitir para os outros tudo aquilo que eles estavam experimentando.
É disso que At 5.42 fala: que eles estavam todos os dias no templo e de casa em casa compartilhando com as pessoas sobre Jesus. Eles viviam isso com muita alegria e com toda simplicidade de coração.
E, resultado: a igreja contava com a simpatia de todo o povo e muitos eram alcançados para Jesus, porque eles estavam focados em fazer o que Jesus tinha mandado.
E sabe, irmãos, aqueles primeiros discípulos não eram pessoas diplomadas ou reconhecidas por seus conhecimentos culturais. Eram pessoas comuns, algumas até iletradas.
Mas eles não olhavam para as dificuldades. Apenas obedeceram à ordem de Jesus. Entenderam o que Jesus tinha dito uma vez pra eles, quando falou: “Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita” (Jo 4.35 - NVI), e fizeram da multiplicação de discípulos o seu projeto de vida. Eles não pensavam em outra coisa, só em cumprir o que Jesus havia mandado.
Eles tinham suas profissões. Claro que tinham! Os mais novos estudavam, namoravam, casavam, mas o pensamento era assim: “Eu vou me formar, vou ter minha profissão, vou trabalhar, vou comprar minha casa, vou namorar, vou casar, mas eu tenho uma missão na minha vida e essa missão é fazer discípulos de Jesus”.
A profissão não impedia... os estudos não impediam... o namoro não era impedimento, o casamento não atrapalhava... eram pessoas normais, só que intencionais em cumprir a missão.
Diante disso, irmãos, a pergunta que surge é: esse é o nosso estilo de vida? É a coisa que mais ocupa o nosso pensamento? É da nossa intenção fazer discípulos?
Tá certo que o contexto deles (que é do primeiro século) é bem diferente do nosso contexto - porque estamos no século 21! Porém, não é verdade que os princípios da Palavra de Deus permanecem para sempre?
Então, tudo será uma questão de decidirmos viver ou não em conformidade com os princípios de Deus.
Conclusão
Irmãos, o nosso Deus ainda quer uma grande multiplicação de discípulos! Ele tem preparado uma vida futura para homens e mulheres. Haverá novos céus e nova terra!
E todos temos familiares e pessoas queridas à nossa volta, que ainda não seguem a Jesus como Senhor e Salvador, que ainda não receberam a mensagem do evangelho, não se arrependeram do pecado, não receberam ainda o direito de serem feitos filhos de Deus e por conta disso, não estão com o nome escrito no livro da vida... Deus quer todos feitos filhos.
Deus quer, tanto os nossos familiares como as pessoas à nossa volta, Deus quer todos transformados em discípulos de Jesus, porque na casa do Pai há muitas moradas, mas é só para os filhos.
Portanto, Deus espera que cumpramos a nossa missão.
Mas fazer isso dependerá da nossa disposição em obedecer à Palavra de Deus e de sermos cheios do Espírito Santo.
Você viu comigo... foi a chegada do Espírito Santo que mudou o rumo da igreja reunida em Jerusalém.
Então, isso nos leva a analisar como nós estamos: estamos unidos com os nossos irmãos do primeiro século no ideal de seguir os princípios de Jesus? Queremos entregar para Deus, em nossos dias de vida, uma grande multiplicação de discípulos?
Irmãos, precisamos voltar ao início de tudo, lá no primeiro século, e ter o fazer discípulos como a missão mais importante da vida de todos os crentes. É tempo de voltarmos ao início de tudo.
Não podemos esquecer que somos chamados para abençoar as pessoas ao nosso lado.
A igreja do primeiro século, a primeira igreja que existiu, era uma igreja multiplicadora. Os primeiros discípulos se multiplicavam em outros discípulos.
A multiplicação era intencional. Os discípulos tinham a intencionalidade de fazer discípulos, de multiplicar o número de discípulos.
E nós vamos também! Amém? Nós vamos, porque a missão permanece a mesma: é ir e fazer discípulos. E nós vamos, porque o poder para fazer discípulos também permanece o mesmo: ele vem do Espírito Santo. E nós vamos, porque eu sei, Deus vai dar essa intenção para nós. Aleluia!
Ministração
Por isso, irmãos, é preciso voltar ao início de tudo, porque a igreja dos nossos dias é uma igreja que busca entretenimento.
Hoje a igreja se reúne para muito louvor e ouvir pregação que faz massagem no ego: que nascemos pra vencer, pra ter vitória com sabor de mel... e que Deus vai nos honrar, que Deus vai prosperar nossa vida, vai fazer um milagre, vai nos engrandecer...
Os crentes estão, na sua maioria, reunindo hoje, só pra ouvir o que Deus pode fazer pra nós, pra nossa causa, pra nossa vida... porque temos pensado somente nesta vida e ficamos distraídos da missão.
Sabe o que está acontecendo? O lado avesso daquilo que Jesus falou. Jesus disse: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”.
O lado avesso é buscar as coisas em primeiro lugar. E o problema é que ao buscar, em primeiro lugar, as coisas que nos interessam, nós estamos perdendo: perdemos a vida, porque o tempo passa tão depressa e perdemos as coisas, porque não buscamos o reino de Deus e a Sua justiça, então, Deus não acrescenta as coisas para nós.
Meu irmão, precisamos voltar ao início de tudo, voltar aos princípios que os primeiros crentes abraçaram, voltar ao estilo de vida multiplicador de discípulos.
Você está disposto a voltar aos princípios da Palavra de Deus? Voltar ao ideal de ser um discípulo multiplicador, um discípulo fazedor de discípulos? Porque essa é a missão da nossa vida.
Falei para toda a igreja. Agora falo a você que ainda não entrou num compromisso com Deus.
Você também precisa voltar ao início de tudo. No começo da história, homem e mulher tinham paz com Deus, eram felizes na presença de Deus. Mas, caíram em pecado e se afastaram de Deus, tornando-se merecedores de castigo eterno.
Mas Deus ama cada homem e cada mulher. Por isso, enviou o Seu Filho Jesus ao mundo para morrer na cruz. Deus disse: “Filho, eu amo cada pessoa. Vou salvá-las do castigo. Você vai ao mundo para sofrer na cruz o castigo no lugar delas”. E assim aconteceu. Jesus é o Salvador.
Talvez você esteja precisando voltar para Deus e tornar a sentir a paz e a alegria de viver. Pois, eu te falo: “O castigo não está mais sobre você. Jesus é o Teu Salvador. Entrega pra Ele a sua vida. Deixa Deus dirigir e abençoar você”.
Nesta noite, quantos de vocês podem vir à frente agora, declarando: eu vou fazer discípulos para Jesus.
Quantos vêm para entregar a própria vida para Deus dirigir e abençoar de agora em diante?
Pr Walter Pacheco da Silveira, 25/06/2017.