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NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS

Isaías 6.1-5

 

Se alguém te perguntar: Por que Deus criou o ser humano? Por que Deus achou de formar o homem e a mulher? Não entre em crise, porque a resposta é bem simples: Deus nos criou para um relacionamento conosco.

Isso é muito incrível! Deus sempre foi completo nEle mesmo. Para o Pai, Filho e Espírito Santo não faltava coisa alguma. Mas, ainda assim, Deus escolheu nos criar.

Isso é absolutamente incrível porque, realmente, Deus nunca precisou que o homem existisse. Mas Ele desejou. Deus não precisava, mas desejou nos formar para ter relacionamento conosco. Esse é o propósito da nossa existência.

Portanto, qualquer pessoa que fugir do relacionamento com Deus, será frustrada, não só nessa vida, mas também na que vem depois desta.

Então, eu quero falar com você hoje, sobre essa necessidade de começar e aprofundar o seu relacionamento com Deus.

Porque a chave para se ter uma vida boa, feliz, abençoada, é a qualidade do relacionamento que temos com Deus.

E, o que é preciso ser feito pra começar um relacionamento com Deus?

Esperar que um raio caia na sua cabeça? Ou um terremoto, desses que abalou os políticos do país? Será que é preciso, primeiro, tornar-se uma pessoa melhor para poder ser aceita por Deus e então se relacionar com Ele?

Nada disso. A primeiríssima coisa a fazer é admitir que o seu pecado te separou de Deus e pedir perdão e receber a Jesus como seu Salvador.

Quando uma pessoa decide fazer isso, por pior que ela seja ou por mais fundo que tenha descido ao poço da desobediência, Deus abre os braços pra ela.

Aí, então, ela passa a se relacionar com Deus e Deus com ela. E nesse relacionamento, a pessoa vai tendo experiências com Deus, vai experimentando o amor dEle, o poder dEle, o companheirismo dEle, e é isto que torna a vida da pessoa tão extraordinariamente melhor, feliz, próspera, abençoada.

E, novamente, a chave para ter essas experiências é precisamente a qualidade do nosso relacionamento com Deus.

Então, o que é preciso ser feito para aprofundar o relacionamento com Deus?

Nesta parte da Bíblia que lemos, que é sobre o chamado de Isaías para ser profeta de Deus, encontramos aqui, alguns elementos que nos ajudam a entender como termos experiências com Deus.

Mas, antes, disso, saiba quem foi esse Isaías. Veja comigo no v.1, que o chamado de Isaías para ser profeta, aconteceu depois da morte do rei Uzias.

Esse é um detalhe interessante. O rei Uzias governou por mais de 50 anos. E o reinado dele foi assim, enquanto Uzias teve disposição pra fazer a vontade de Deus, ele foi muito bem-sucedido. Deus ajudava o rei.

Mas, depois de um tempo, Uzias se encheu de orgulho, ficou vaidoso, o sucesso lhe subiu pela cabeça e ele começou a se sentir “o cara”, o entendido, o esperto e, por conta disso, teve um final de vida catastrófico. Ele ficou leproso.

É perigoso quando a pessoa começa a se achar boa demais pra precisar de Deus.

 

Olha o que está escrito sobre ele em 2Cr 26.1-15:

1 Então todo o povo de Judá proclamou rei a Uzias, de dezesseis anos de idade, no lugar de seu pai, Amazias.

2 Foi ele quem reconquistou e reconstruiu a cidade de Elate para Judá, depois que Amazias descansou com os seus antepassados.

3 Uzias tinha dezesseis anos de idade quando se tornou rei, e reinou cinqüenta e dois anos em Jerusalém. Sua mãe era de Jerusalém e chamava-se Jecolias.

4 Ele fez o que o Senhor aprova, tal como o seu pai Amazias;

5 e buscou a Deus durante a vida de Zacarias, que o instruiu no temor de Deus. Enquanto buscou o Senhor, Deus o fez prosperar.

6 Ele saiu à guerra contra os filisteus e derrubou os muros de Gate, de Jabne e de Asdode. Depois reconstruiu cidades próximo a Asdode e em outros lugares do território filisteu.

7 Deus o ajudou contra os filisteus, contra os árabes que viviam em Gur-Baal e contra os meunitas.

8 Os amonitas pagavam tributo a Uzias, e sua fama estendeu-se até a fronteira do Egito, pois havia se tornado muito poderoso.

9 Uzias construiu torres fortificadas em Jerusalém, na porta da Esquina, na porta do Vale e no canto do muro.

10 Também construiu torres no deserto e cavou muitas cisternas, pois ele possuía muitos rebanhos na Sefelá e na planície. Ele mantinha trabalhadores em seus campos e em suas vinhas, nas colinas e nas terras férteis, pois gostava da agricultura.

11 Uzias possuía um exército bem preparado, organizado em divisões de acordo com o número dos soldados convocados pelo secretário Jeiel e pelo oficial Maaséias, sob o comando de Hananias, um dos oficiais do rei.

12 O total de chefes de família no comando dos homens de combate era de dois mil e seiscentos.

13 Sob o comando deles estava um exército de trezentos e sete mil e quinhentos homens treinados para a guerra, uma força poderosíssima que apoiava o rei contra os seus inimigos.

14 Uzias providenciou escudos, lanças, capacetes, couraças, arcos e atiradeiras de pedras para todo o exército.

15 Em Jerusalém, construiu máquinas projetadas por peritos para serem usadas nas torres e nas defesas das esquinas, máquinas que atiravam flechas e grandes pedras. Ele foi extraordinariamente ajudado, e assim tornou-se muito poderoso e a sua fama espalhou-se para longe.

Então, no ano em que morreu o rei Uzias, agora lemos sobre Isaías sendo chamado para ser profeta de Deus.

No ano em que morreu o rei Uzias... no ano em que morreu aquele rei que tinha escolhido desobedecer a Deus. No ano em que Uzias morreu dominado pela lepra.

 

Sabe, na antiguidade, a lepra era uma doença incurável e contagiosa.

Hoje a lepra é conhecida pelo nome de hanseníase, porque foi o Dr Hansen, médico dermatologista norueguês, quem descobriu o bacilo causador dessa moléstia a quase 150 anos atrás.

Mas a lepra que estava em evidência no período bíblico possuía um estágio mais avançado, talvez porque a própria medicina era muito rudimentar, muito limitada.

Então, a lepra causava lesões que no começo, liberava pus, os cabelos da cabeça caiam, as sobrancelhas caiam, as unhas caiam... e os dedos, o nariz, os olhos eram lentamente sendo carcomidos pela doença.

A Bíblia conta de Jó, que incomodado com tanta coceira nas feridas causadas pela lepra, arranjava um pedaço de telha para se coçar com ele.

Era uma doença incurável e contagiosa. De acordo com a Lei, uma pessoa leprosa era considerada imunda e tinha que viver isolada, afastada de todo mundo. E se alguém se aproximasse dela sem saber, o leproso tinha, por lei, que avisar no grito, pra que ninguém se aproximasse dele a fim de não se contaminar.

E, sabe, devido a esse sofrimento todo causado pela lepra, ela é comparada ao pecado.

A Bíblia faz essa comparação, lemos em Is 1.4-6: “Ah, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade! Raça de malfeitores, filhos dados à corrupção! Abandonaram o Senhor; desprezaram o Santo de Israel e o rejeitaram. Por que continuarão sendo castigados? Por que insistem na revolta? A cabeça toda está ferida, todo o coração está sofrendo. Da sola do pé ao alto da cabeça não há nada são; somente machucados, vergões e ferimentos abertos, que não foram limpos nem enfaixados nem tratados com azeite”.

 

Pra você entender melhor essa comparação que a Bíblia faz da lepra com o pecado, olha só essas semelhanças:

A lepra, depois de contraída, pode levar tempo pra se manifestar. O pecado é assim, ele se esconde, demora a aparecer.

A lepra é uma doença contagiosa, principalmente pelo contato. O pecado também é contagioso, pois está sendo transmitido à humanidade desde Adão.

Com o desenvolvimento da lepra, a pessoa perde a sensibilidade nas áreas afetadas pela doença. A pessoa espeta o dedo e não sente. Queima a pele e não sente. O pecado também tira a sensibilidade da pessoa contra o maI. Ela desagrada a Deus e não está nem aí... peca de dia e de noite, é uma vida de bebedeiras, baladas, noitadas, cheia de mentiras... tá indo pro inferno... mas e daí, não sente o mal.

Então, a Bíblia compara a lepra com o pecado.

 

E preste atenção no que a Bíblia está dizendo nesta parte do livro de Isaías, v.1: foi só quando o pecado de Uzias foi punido com a morte, ou seja, quando o leproso saiu de cena, é que Isaías pôde ver o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono.

O que aprendemos com isso? Aprendemos que, se quisermos ver a glória de Deus manifestada em nossa vida, precisamos, primeiro, nos purificar de todo pecado, porque nosso pecado é como lepra, nos separa, nos separa de Deus.

Está escrito em Isaías 59.1-2: “Prestem atenção! O Senhor não está fraco demais para salvar! Ele não é surdo; pode ouvir muito bem o que vocês Lhe pedem. O problema são os seus pecados; por causa deles, vocês estão separados de Deus. Por causa dos seus pecados, Deus virou o seu rosto de vocês, e não ouve mais o que vocês pedem” (BV).

Por que é que o pecado é tão sério? Está escrito isto: “Porque o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Morte fala de separação.

Uma consequência imediata do pecado foi o rompimento do relacionamento estreito entre o homem e o Criador, porque Deus é puro, Deus é Santo.

A Bíblia revela que Deus sendo a Pessoa que é, não tem prazer na iniquidade.

O salmista se expressou assim, no Sl 5.4: “Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar” (NVI). E o profeta Habacuque declarou sobre Deus: “Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles?” (Hb 1.13 - NVI).

Então, Por Deus ser santo, Ele não pode tolerar o pecado. Ele não suporta! Tivesse Deus no lugar do presidente Michel Temer, ouvindo aquela conversa do Joesley Batista, dono da JBS, esse sujeito teria sido preso na hora!

 

Mas, você viu a atitude do presidente naquela gravação? Ele ficou ouvindo os crimes do dono da JBS, contando que paga propina todo mês, contando que cala dois juízes, contando que tá tentando barrar as investigações da lava-jato, e a atitude do presidente foi simplesmente dizer: “Ótimo, ótimo”.

Mas Deus não pode ficar indiferente ao pecado, porque o caráter dEle é tão santo, tão justo, tão puro, tão verdadeiro, que Ele não pode tolerar o pecado. Por isso que precisamos do sangue de Jesus pra sermos purificados do nosso pecado.

O pecado causou uma separação tão grande entre o homem e Deus, que somente Jesus, o Filho eterno e igualmente santo, justo, puro e verdadeiro, pra servir de ponte da salvação nos ligando de volta à Deus.

Portanto, realmente, para entrar num relacionamento com Deus, a primeira coisa a fazer, é você se arrepender do seu pecado e pedir perdão e receber Jesus como Salvador.

Enquanto você não fizer isso, você pode até clamar por Deus, cantar louvores, entregar dízimo, entrar pra alguma religião, mas nada será considerado, porque sua condição permaenece de alguém que está de relacionamento rompido com Deus.

E sem se relacionar com Deus, você não pode experimentar das bênçãos de Deus.

O que você está esperando para começar esse relacionamento? Existe alguma adiando você de fazer isso?

O que precisa acontecer pra você ser um crente e viver comprometido com Deus, andando no caminho de Deus, vivendo na presença de Deus?

E nós que já somos crentes, que já recebemos Jesus em nosso coração, que conhecemos a Palavra de Deus, o que é que está impedindo de ter um relacionamento mais profundo com Deus?

Devemos refletir, olhar pra dentro de nós mesmos e verificar se há algum impedimento em nossa vida que precisa ser removido. É um pecado? Uma amargura? Um problema? O que é que está impedindo você de ter um relacionamento firme com Deus?

Irmão, irmã, você deve fazer esse exame e pedir perdão ao Senhor. E depois que fizer isso, se prepara, porque a glória de Deus se manifestará de um modo poderoso e tremendo sobre a sua vida!

 

É isso que constatamos na declaração desse v.1. O profeta Isaías disse: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi”.

Sabe o que está condito nessa declaração? Que ninguém contou a Isaías sobre a glória de Deus. Ele viu. Foi uma experiência pessoal!

Essa é uma das realidades mais fenomenais que o homem pode ter ao entrar num relacionamento com Deus: você tem, pessoalmente, uma experiência com o próprio Deus.

A experiência dos outros pode ser interessante e até alegrar o nosso coração.

Muitas vezes nós escutamos alguém contar um testemunho, e isto nos deixa felizes. Mas o relato da experiência dos outros a gente acaba esquecendo com facilidade.

Eu lembro da vez, na minha célula, em que Jhoyce compartilhou sobre a forte experiência que ela teve, quando foi diagnosticado pelo médico um terrível mal, mas que Deus a curou de um modo admiravelmente maravilhoso. Aquele dia na célula foi tremendo! O testemunho de Jhoyce impactou a todos do grupo. Eu fui muito edificado naquele dia... mas, hoje, eu não lembro de todos os detalhes mais. Sei que foi muito poderoso, mas eu esqueci de como foi realmente.

Porém, se você perguntar pra Jhoyce, ela te contará tudo com toda a riqueza de detalhes como se tivesse acabado de acontecer!

Porque quando temos a nossa experiência, ela nos marca. A experiência dos outros, a gente esquece... mas a nossa própria experiência fica registrada em nossa memória e marca a nossa vida. Nós jamais a esqueceremos durante a nossa história.

E o fato maravilhoso é esse: Deus quer manifestar-se de maneira pessoal a cada um de nós. Deus deseja que tenhamos uma experiência própria e pessoal com Ele, porque o que Ele mais quer como Pai, pode ter certeza, é a nossa felicidade.

Pensa nisso! O Deus do universo, o Deus de toda a terra, almeja ser o seu abençoador!

Para isto, você precisa ter um relacionamento de qualidade com Ele. Essa é a chave para você experimentar mais de Deus na sua vida.

 

Pr Walter Pacheco da Silveira, 21/05/2017

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