EU UM MINISTRO? VOCÊ ESTÁ BRINCANDO! II
1 Pedro 2.9
“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.
Introdução
Vamos concluir hoje, este assunto que iniciamos na aula passada: “Eu, Um Ministro? Você Está Brincando!”
De acordo com a Palavra de Deus de 1Pe 2.9, não é brincadeira não! Somos realmente ministros de Deus, sacerdotes, pessoas que tê um chamado de Deus para ministrar em Seu nome.
O texto fala “sacerdócio real”. O sacerdote é um ministro, é um servo. Somos ministros da parte de Deus. Este é um conceito que cada crente precisa ter bem firme no seu coração: você é um ministro de Deus!
E como vimos naquela aula, existem dois chamados para nós, que somos crentes. O primeiro é um chamado geral, um chamado que todos os crentes têm: é o chamado para servir diante de Deus e servir da parte de Deus aos outros.
O segundo é um chamado específico, um chamado que cada filho de Deus tem e que pode ser diferente um do outro.
Porque, alguns são chamados, por exemplo, para servir a Deus como missionário entre os índios. É um chamado específico que alguns têm. Há irmãos que são chamados para ministrar aos idosos, outros às crianças, outros à casais, etc. São exemplos de chamado específico que alguns têm.
A Bíblia diz em Ef 2.10, que Deus tem um trabalho específico para cada filho dEle fazer.
Vamos conferir Ef 2.10: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos”.
Conforme essa Palavra, Deus tem algo específico e designado para você fazer como filho dEle, como servo dEle.
Mas, muitos membros da igreja não estão fazendo quase nada para Deus. É aquela regra dos 20/80. Lembra? Esse gráfico diz o seguinte: que 20% das pessoas fazem 80% do trabalho na igreja.
É uma realidade muito cruel. A maioria dos crentes, membros de uma igreja, normalmente não está ativa nas igrejas em que eles participam.
E nós, terminamos a aula semana passada, reunidos em grupos, pensando em algumas coisas por que a maioria não trabalha na obra de Deus.
Por que muitos membros da igreja não estão fazendo quase nada para Deus?
Nós listamos algumas razões, e eu me ocupei em refletir com vocês, as três razões principais porque os membros não se entregam como deveriam se entregar, ao serviço da obra de Deus.
Seria maravilhoso termos todos da igreja 100% ativos, trabalhando, mas, a realidade é 20% trabalhando. Por quê isto acontece?
Então, em primeiro lugar, vimos isto: que muitos membros não trabalham na obra de Deus através da igreja, porque não demonstram ser verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros discípulos. Um verdadeiro filho de Deus é um discípulo.
E um discípulo tem marcas bem características: a primeria delas é o amor. A segunda marca é a obediência à Palavra. A terceira marca é a vida frutífera. O verdadeiro discípulo produz muito fruto. E tem a marca da renúncia. O verdadeiro discípulo abre mão, renuncia a sua vontade para fazer a vontade do seu Senhor. É radical!
Pensamos até numa nota pra nós mesmos, de 0 a 10, nestas quatro questões. Aplicando o mesmo teste hoje, você melhorou? Daquele Domingo para cá, a sua nota permanece a mesma ou já experimentou uma mudança para melhor?
E teve a segunda razão, que também trabalhamos naquela aula: pode ser que os membros da igreja não se apresentam para o trabalho, porque muitas vezes, o pastor e a estrutura da igreja não permitem a participação deles, então, muitos ficam passivos, só assistindo e dependentes de um pedido, de uma direção, de um encaminhamento.
Tem igrejas onde, realmente, o pastor, é só ele que visita, é só que ele aconselha, é só ele que ora pelos irmãos, é só ele que prega... e em algumas congregações, é só ele que forra a toalha da mesa, só ele que varre o chão, que põe o lixo fora...
Deixa eu te mostrar qual é a função principal do pastor, lendo com você a Palavra de Ef 4.11-12: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado”.
O chamado do pastor não é para fazer a obra do ministério. O principal chamado do pastor, em conjunto com os possuidores do dom apostólico, profético e, do evangelista e do mestre, é? ...equipar os santos (os outros crentes) para que estes façam a obra do ministério.
Então, preste atenção, uma grande razão porque a maioria dos membros não faz quase nada para Deus através da igreja, é que os pastores centralizam tudo neles e não levam em conta que seu chamado é treinar os santos (não é o Santos Futebol Clube, não, viu!). É treinar os crentes, os discípulos de Jesus, para que a igreja seja edificada com o serviço, a ministração, de cada um.
No v.13, o apóstolo Paulo fala: “até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”. E isso, somente é possível de alcançar, se todos os membros da igreja estiverem sendo equipados pelo ministério quíntuplo (porque são os profetas, os evangelistas, os pastores e os mestres), que treinam os crentes para o serviço.
Sinceramente, eu estou crendo nessa Palavra de Deus. Eu estou convencido de que seremos uma igreja frutífera, se permitirmos o fluir dos cinco ministérios.
Mas, tem uma terceira razão porque a maioria dos membros não faz quase nada para Deus.
A terceira razão pela qual os membros não se apresentam para o serviço é que falta motivação.
A pergunta óbvia é “Por quê?” Por que falta motivação nos crentes para ajudar no serviço da igreja? Vamos pensar em algumas razões: por quê falta motivação aos membros para trabalhar na obra de Deus? (dar oportunidade para alguns mencionarem o que pensam)
Com certeza, existem muitas razões que causam a desmotivação nos membros para trabalhar através da igreja. Vou destacar duas delas (estão aí na sua folha de estudo):
Primeira razão para a falta de vontade, a falta de motivação:1) É que falta, antes, a identificação, a afirmação e a liberação dos dons motivacionais das pessoas.
Sabe, os dons espirituais são de diferentes tipos e, existem muitas formas de classificar os dons. Mas tem uma que me parece mais interessante, é a que classifica os dons (existem mais de ...dons mencionados na Bíblia), e eles podem ser classificados da seguinte maneira: Dons Manifestacionais, Dons Motivacionais e Dons Ministeriais.
Se você está estudando, esta é uma ótima coisa para anotar.
Então, quando o crente não sabe qual é o seu dom, ou se sabe, e não tem o seu dom motivacional afirmado e liberado para fluir, ele não encontra motivação pra trabalhar na igreja.
Por exemplo, digamos que um crente tenha os seguintes dons espirituais: o da intercessão, o da libertação e o da profecia, por exemplo. Sim, porque, é bastante comum termos mais de um dom; normalmente, são dois ou três.
Mas, digamos que o dom motivacional desse crente é o da libertação. A motivação maior dele é orar pela libertação das pessoas oprimidas. Então ele chega para alguns irmãos e fala: “Precisamos ter o ministério da libertação na igreja, porque esse ministério é importante para ajudar as pessoas que são oprimidas”. Mas aí, aquele grupo de irmãos fala: “Ah! Amado, tem outros ministérios mais importantes; deixa isso de lado!” O que é que acontece com aquele irmão, se ele não tem a mente de Cristo? Ele perde a motivação, se acomoda, e vai ser mais um naquele grupo dos 80% que não fazem quase nada para Deus.
Portanto, uma razão porque alguém não tem vontade de trabalhar na igreja (motivação), é que o seu dom motivacional não é aceito, não é valorizado, não é reconhecido.
Acontece também do crente não ter vontade de fazer quase nada pra Deus através da igreja, porque ele mesmo não sabe os dons que tem. Ele é apático, indiferente, não busca conhecer o que Deus tem para a vida dele. Então, como pode estar animado, motivado em trabalhar para Deus?
Por isso que o apóstolo Paulo recomendou (1Tm 4.14): “Não desprezes o dom que há em ti”. A NVI fala: “Não negligencie o dom que lhe foi dado”.
Qualquer filho de Deus que ler isto, deve imediatamente se perguntar: “Um dom me foi dado? Que dom será esse?” E, aí, vai procurar saber.
Ministração
Pr Walter Pacheco da Silveira