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UM AMOR EXTRAVAGANTE
João 12.1-11 

 

Introdução
Cena: Seis dias antes da Páscoa... No povoado de Betânia... Um jantar para Jesus... Marta servindo à mesa... Lázaro ao lado de Jesus. E Maria.

A História 
Maria olhando Jesus ao lado do irmão (há poucos dias estava morto)... ela escutava, lembrava o que Jesus tinha feito. 

O coração dela estava cheio de amor... cheio de tristeza, porque discerniu o que havia de acontecer a Jesus (teria pouco tempo).

Como Maria poderia expressar tudo que estava dentro dela? 

Palavras eram poucas... O que ela teria para dar ao Mestre? 

Que temos para oferecer a Jesus? 

De repente se lembrou da única coisa de verdadeiro valor que possuía. Maria sabe o que fazer - seu tesouro precioso seria dado a Jesus! 

Ela saiu da sala, sem que ninguém reparasse. Buscou um frasco de pedra branca – alabastro – cheio de nardo puro (v.3), um perfume feito na Índia, raro e caro na Judéia. 

Ela voltou para a sala de jantar e viu todo mundo reclinando, jantando, conversando (parou por um instante, e pensou: "Agora é hora certa!”)! 

Ninguém a viu sair ou voltar. Mas notaram sua presença ao ouvir o barulho do vaso sendo quebrado. 

Todo mundo olhou para ela e viu uma expressão de amor intenso e o pequeno frasco, quebrado na parte de cima. 

Maria aproximou-se de Jesus e derramou o perfume na cabeça e nos pés dele e o cheiro do perfume encheu a casa. 

Sem pensar no que os outros iam pensar, Maria soltou os cabelos e enxugou os pés de Jesus. Sem palavras ela estava dizendo: "Por onde o Senhor andar, sinta este cheiro e saiba que existe alguém que o ama". 

Silêncio total enquanto todos tentaram entender o que estava acontecendo. Mas não era um ato lógico. Não era sensato. Não era prático. Era extravagante. Era arriscado. Era um desperdício... 

E não levou muito tempo para que alguém (diz o v.4 que foi Judas Iscariotes), caísse em si e sentisse o cheiro do salário de 300 dias no ar, 300 moedas de prata. E ele falou o que outros, provavelmente, estavam pensando: "Que desperdício! Este perfume poderia ter sido vendido por um bom dinheiro e usado para ajudar os pobres". 

E certamente outros ainda pensaram: "Esta mulher é atrevida! Imagine, uma mulher agindo assim, perturbando a nossa paz".

Maria recebeu censuras pela devoção que ofereceu a Jesus (talvez você também seja censurado)... 

Três atitudes são relevantes: 
A primeira é Extravagante. 
O amor verdadeiro não calcula o preço... de fato o amor somente lamenta que não há mais para dar.

Quando alguém comentou que um certo soldado tinha perdido sua perna na 2ª Guerra Mundial, o soldado corrigiu o homem dizendo: "Não perdi... eu dei minha perna para meu país". 

O amor de Maria era assim. Ele não era mesquinha. Ela não mediu seu amor, mas deu com generosidade e abandono... nem pensando no custo. 

Ela não derramou somente perfume, mas também seu amor. E nós? Quando foi a última vez que abandonamos algo por Cristo?

A segunda atitude é a Criatividade 
O que Maria fez não era comum. Foi uma demonstração criativa. Ela não se limitou aos meios tradicionais ou esperados. 

Quando amamos de verdade sempre estamos procurando novos meios para expressar nosso amor e agradar nosso amado (a). 

Nosso amor por Cristo não deve ter limites... nunca devemos cair na rotina ou no comodismo. Sempre temos que buscar novas e mais interessantes maneiras para honrar a Jesus. 

A terceira atitude”: 

Amor desembaraçado 
Maria não mediu as consequências, pensando nas atitudes dos outros. Ela somente viu Jesus em frente (para uma mulher, nos dias de Jesus, fazer um ato tão público, e deixar o cabelo solto era uma desobediência moral e cultural. Mas ela nem reparou...). Se Maria conhecesse aquela nossa música “Eu, eu, eu quero é Deus”, ela teria cantado... 

Ela estava tão envolvida com Jesus que nem o desprezo pôde desviá-la. 

Pode ter certeza: quando estamos comprometidos com Jesus, seremos sujeitos a críticas e desprezo (sempre seremos diferentes e mal entendidos, às vezes por outros crentes, como no caso de Maria). 

É difícil evitar a pergunta: "O que os outros vão pensar de mim? ...se eu agir assim?" 

Quando amamos a Jesus, temos que expressar este amor sem nos preocuparmos com a aprovação dos outros. 

Mas esquecer nossa "imagem" é difícil! 

Maria voltou para casa com um frasco vazio... mas um coração cheio! 

Conclusão 
Ame ao Senhor. Faça dele a sua paixão. Dê a Ele honra e O sirva exclusivamente. 
Demonstre seu amor a Jesus com entusiasmo, desprendimento e espontaneidade. 
Deixe seu amor por Ele, e não o orgulho ou medo, determinar suas atitudes! 

Seja extravagante. Criativo. Desembaraçado! 

Pr Walter Pacheco da Silveira

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